O ambiente é hoje uma matéria de responsabilidade social, de defesa dos nossos interesses e, sobretudo, das gerações que se seguirão. Só por este facto, já se impõe a adopção de praticas que permitam preservar os recursos.
No entanto, para além desta indiscutível responsabilidade, o ambiente constitui-se igualmente como uma oportunidade, quer através das energias renováveis, quer ao nível do tratamento e reciclagem de resíduos. Portugal tem um grande potencial, com condições quase únicas, de forma agregada, para ocupar lugar na linha da frente nesta que também é, claramente, uma linha de negócio a explorar.
As eólicas são hoje uma realidade crescente, embora o sejam um pouco por toda a Europa. Há, no entanto, outras áreas onde a exploração não está tão desenvolvida, como são os casos da energia solar e das marés, e Portugal poderá explora-las quase em primeira mão, desenvolvendo competências que contribuam para uma melhor gestão dos recursos, para uma diminuição da poluição gerada, com claro impacto no protocolo de Quioto, o que implicará não só a possibilidade de não termos a necessidade de comprar quotas ambientais, como a perspectiva de as podermos vender. Por outro lado, o desenvolvimento de novas competências ambientais poderão conduzir a novas exportações, reduzir importações, contribuindo assim para melhorar o desempenho da nossa balança comercial.
Assim, o Estado deverá apoiar iniciativas no âmbito do investimento e da investigação e contribuir como veículo dinamizador do sector, nomeadamente promovendo a realização de estudos, debates, conferências e outras iniciativas que, não o colocando como um player, possam colaborar no seu crescimento.
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