Utilizar campanhas autárquicas para abordar temas relacionados com legislativas, presidenciais ou outras, não contribui para a elevação do debate político, para o esclarecimento que as campanhas eleitorais devem executar, afastam o povo da política e não respeitam o eleitorado.
Cada acto eleitoral tem um propósito definido e deve ser integralmente respeitado. Em autárquicas deve-se falar das autarquias, em legislativas do País, em Europeias da Europa e nas Presidenciais, dos candidatos.
Deverá também caber ao eleitor a faculdade de perceber que quando se procura esta estratégia, o candidato está empenhado em esconder os seus propósitos no processo em questão e, como tal, não está bem-intencionado.
O processo eleitoral deverá ser a única porta de entrada dum político na actividade governativa. Entenda-se político como qualquer pessoa que pretenda dedicar-se a essa actividade. Como tal, todas as listas de candidatos deverão ter previstos candidatos elegíveis e candidatos substitutos para os mesmos, inclusive Ministros. Desta forma, com as alterações aqui indicadas, está dado o primeiro passo para credibilizar a actividade política e os seus praticantes, garantindo candidaturas mais imunes à corrupção e aos interesses pessoais e um maior comprometimento com as propostas apresentadas e as ideias defendidas.
Candidatos assim terão condições para passar à fase de governação e exercê-la de acordo com as expectativas formuladas. O ponto de partida está dado.
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